Corrosões e bicheiras em estruturas de concreto são comuns devido a falhas de concretagem, quando a mistura não ficou homogênea, o adensamento deixou arestas ou, ao ser especificado, o traço do concreto não foi respeitado. Com o tempo, surgem fissuras, trincas e lascamentos na estrutura.
A armadura, se exposta ao ambiente, poderá apresentar corrosão por causa de agentes presentes no ar. O procedimento de pequenos reparos superficiais, em concreto, de certa forma é simples, mas requer que se delimite uma área de corte, seja feita a limpeza das armaduras e seja aplicada uma argamassa polimérica ou graute compatível com a estrutura.
O graute é utilizado, geralmente, para preenchimento de reparos mais profundos e pode ser aplicado em camadas com até 5 cm de espessura, sem adição de brita ou pedrisco. O produto sofre um processo microexpansivo após a aplicação, a fim de se travar nas paredes da área reparada. Já a argamassa polimérica é recomendada para preencher reparos com até 2 cm de espessura, para garantir sua sustentação e aderência à área reparada, antes da pega do material. É necessário também que a área de reparo tenha profundidade uniforme e paredes em ângulos retos (90°), para melhor ancoragem do material e evitar fissuração do graute ou da argamassa.
Antes de comprar o graute ou argamassa é necessário, se possível, conhecer todas as características do reparo, tais como: os agentes causadores de corrosão presentes naquele ambiente, a resistência de compressão necessária ao material, o grau de impermeabilidade, o tempo de cura e se o produto será fluido ou moldável. Veremos a seguir todos os cuidados que garantem um bom resultado em pequenos reparos estruturais e a variedade de produtos existentes no mercado.
Graute ou argamassa?
Você poderá optar por qualquer um dos dois em pequenos reparos, ficando atento principalmente à profundidade do local. É possível encontrar no mercado produtos para diferentes situações, e não existe um padrão comparativo devido à falta de classificação e norma regulamentadora. É comum encontrar denominações como: uso geral, de reparo, altas temperaturas, para autonivelamento etc.
De maneira geral, os reparos podem ser classificados em "estruturais" e "não estruturais". Os chamados grautes e as argamassas poliméricas oferecem a estabilidade e a capacidade de proteção das armaduras suficientes para reparos não estruturais.
Poderá ainda escolher se o produto é fluido - para preenchimento horizontal ou em locais com grande quantidade de obstáculos que dificultem o adensamento - ou moldável - que permitem adensamento perfeito ou aplicação em superfícies verticais -, dependendo da dificuldade de acesso ao local a ser aplicado. O importante, no reparo, é preencher totalmente a área.
O acabamento com verniz ou hidrofugante é facultativo, pois a maioria dos produtos em oferta no mercado já levam em sua composição componente impermeabilizante. Mas caso opte por um produto sem hidrofugante, a impermeabilização pode ser feita depois que a superfície estiver curada.
Veja abaixo o passo a passo para realização do serviço:
Fonte: Revista Equipe de Obra
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