segunda-feira, 8 de junho de 2009

Professora de 26 anos morre vítima enfarte dentro de sala de aula

No último sábado (06/06/2009) ao receber o jornal Folha dos Lagos, eu me deparo com a notícia de que uma professora de 26 anos tinha morrido vítima de um enfarte dentro da sala de aula numa escola em Búzios.

A Revista Proteção, periódico mensal especializado em segurança e medicina do trabalho, vem publicando algumas reportagens sobre a carga de trabalho e consequente estresse que os professores vem sofrendo no exercício de sua profissão. A baixa valorização profissional e excesso de trabalho são as causas mais comuns de doenças relacionadas ao trabalho dos profissionais de educação.

A professora de química que morreu, segundo notícias de amigos, vinha trabalhando em várias escolas para ter um rendimento mensal satisfatório. Fica a pergunta: Até que ponto vale a pena sacrificar a vida pelo trabalho ?

A culpa é dos governantes que deveriam valorizar mais esses heróis da resistência que tentam ensinar alunos muitas das vezes sem educação e que não querem nada com o estudo. A valorização não é só ter melhores salários e sim ter condições de trabalho satisfatórias para que professores possam execer seu trabalho de forma mais digna.

Fica o alerta para que possamos repensar o nosso estilo de vida. Vamos viver de forma saudável com alimentação balanciada e prática exercícios regularmente.

Aos familiares e amigos da professora de química Viviane Almeida meus pêsames e que Deus lhes confortem nessa dor.

9 comentários:

  1. Nenhum dinheiro vale mais do que a vida, mas com certeza a Vivi achava que nunca iria acontecer nada com ela porque era nova. Devemos sempre pensar que tudo o que fazemos terá consequência no futuro. Vivi, que Deus a tenha num seus braços. Sentiremos saudades!!

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  2. Vc foi perfeito em seu comentário. hoje um professor precisa trabalhar em mais de uma escola para ter um renda para suprir suas necessidades. A Viviane, segundo relato d amigos, arcava c/ despesas próprias e de entes qridos. Eu digo por experiência própria, pois trabalho em 2 escolas e vivo no aperto, mas o q mais dói msmo é ver alunos dando gargalhadas após falarem do falecimento da professora, uma colega tão nova... eu me pus no lugar dela, como foi dolorido trabalhar hoje e ver a expressão de tristeza e desvalorização no roso dos meus colegas, não temos direito nem a luto...

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  3. Nossa colega faleceu sexta, numa cena de terror na escola e hoje havia pessoas agindo como se nada tivesse acontecido. Se fosse um aluno seria luto, se fosse alguém acima do professor seria luto... A q ponto chegamos... Hoj trabalhei na sala em q td aconteceu e ouvi alunos fazendo piadas do tipo: Ih profª vc é de Física, cuidado com essa sala, vc pod ser a próxima. Sinceramente, a ergunta é: Vale a pena ser professor hj? A gente se dedica, se preocupa c/ esse tipo de aluno, perde noites de sono preparando aula e é visto como nada?! É chocante...

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  4. E o pior foi ver alunos perguntando a coordenadora: E agora, como vai ficar minhas notas? Já arrumou outra professora? E ela disse, nesse momento é o q menos importa e a aluna falou: Menos importa nada, eu qro saber é da minha nota e eu disse: o q é sua nota diante da perda da profª e ela msmo assim insistia em pedir para arrumar logo outra professora...

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  5. Mas o q ainda me faz ter esperança é q ví tb alunos q se fragilizaram com a situação, q se preocupam em ser carinhosos com seus professores, q sabem valorizar seus professores. Isso ameniza comentários e atitudes indiferentes, irônicos e desumanos... A vida de um professor hoje é banal... Eu tive sonhos e lamento estar acordando da pior maneira... descobrindo q por mais dedicação e carinho q eu tenha pelos meus alunos, para muitos eu sou nada e por ser professora, minha vida é banal.

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  6. A banalidade das pessoas é mostrada pelos alunos que assim sabem se expressar como ainda precisam EVOLUIR e crescer... Estupidez, incapacidade para ter direitos pois não cumprem seus DEVERES, achando que o mundo é só video-games deixando ali gravados as suas improbidades para ter direito a VIDA. Esses alunos(?)nem conseguem olhar o próprio umbigo ... se eles morrerem por qualquer motivo logo será bem melhor para todos.
    scorpionsscorpions.blogspot.com.br

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  7. Não gostaria que meus netos morressem por nenhum motivo, mas reconheço que é muito fácil ter um infarto , ao lidarmos com os adolescentes de hoje e com os pais dos adolescentes - que não têm critérios na educação dos filhos, não lhes impõem limites, os compensam com coisas materiais e valores...nada.
    Sinto muito pela professora, por quase todos os professores, pelos pais que estão a semear uma bela plantação de abacaxis e pepinos para si mesmos e para o mundo.
    Obrigada.

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  8. Inadimissível que para ganhar um salário pouco melhor tenhamos sacrificar nossa vida. Lamentável constatação da nossa coléga que deixa a vida tão jovem, na tentativa de ter uma vida melhor...que país é esse, onde aqueles que deveriam ser mais respetados e bem mais remunerados sofrem com o descaso dos governos que na maioria das vezes são eleitos por eles. Falta nesse país entendermos que o professor ele é o profissional que faz parte da vida de todos os outros, se não fosse um professor não existiria nenhuma outra, ou estamos esquecendo que no Brasil quem é analfabeto está fadado ao desemprego eterno e ao sub-emprego? Devemos cobrar aos homens que fazem as leis que repensem, pois não podemos ter num país que cresce mesmo em tempo de crise, uma professora de 26 anos de idade protagonizando cenas desse tipo e nos deixando brutalmente, choro sim, pois também sou educador e tenho de sustentar minha familía...

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  9. Li o artigo e fiquei indignada com a falta de consideração da escola, dar aula onde todos deveriam estar de luto. também sou professora e todos os dias que entro em sala eu peço tanto a DEUS que nos guarde e nos de sabedoria, pois os nossos alunos hoje em dia estão tão rebeldes.

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