sábado, 27 de abril de 2013

Crise entre o Legislativo e o Executivo Cabofriense

A tensão entre os vereadores e o prefeito Alair Corrêa (PP), revelada na última sessão da Câmara, se espalhou pelas ruas de Cabo Frio. Na Praça Porto Rocha, um dos principais pontos do vaivém da cidade, falar sobre a rixa entre Alair e os vereadores era proibido, mesmo que a proibição não tenha vindo de ninguém.

A reportagem da Folha percorreu o centro da cidade para saber das pessoas o que elas acham da briga de dez vereadores e o prefeito Alair Corrêa. No entanto, quando o assunto era revelado ao entrevistado, a grande maioria balançava a cabeça negativamente e arranjava um jeito escapar.

Uma situação emblemática aconteceu no ponto de táxi da Porto Rocha. Enquanto um taxista era posto a par da situação política do município, outro se aproximou e perguntou: "É sobre aquele negócio de os vereadores estarem barrando as propostas do prefeito?". Ao receber a confirmação, ele embarcou para uma corrida. O taxista remanescente, então, não quis emitir nenhuma opinião sobre o caso: " Melhor não ".

A poucos metros dali, um senhor que não quis revelar o nome estava sentado. Abordado pela reportagem da Folha, ele foi incisivo ao comentar, logo que soube qual era a pauta.

-- Os vereadores não têm que dar confiança para Alair mesmo não. Alair é um mentiroso e sempre foi - bradou. No entanto, quando foi informado pela reportagem que teria que se identificar e conceder uma foto para o jornal, ele protestou: " E eu lá sou maluco? Claro que não, esquece ...".

Personalidades e político abrem o verbo

Se nas ruas as pessoas mantêm o silêncio velado, no circuito político da cidade, as personalidades não se furtam de falar sobre a situação entre Alair e os vereadores. Começando pelo ex-prefeito Marquinho Mendes, que considera Alair "um ditador".

-- Os vereadores, tanto os novatos quanto os que ficaram, sabem que existe uma diferença da água para o vinho. Sempre respeitei o Legislativo. Agora, com o Alair é diferente. Eu sou democrata, o Alair é um ditador. Ele se acha o dono da verdade, não ouve ninguém e faz tudo o que quer sozinho. Então é um direito dos vereadores protestarem contra isso -- afirmou Marquinho Mendes.

O professor Luiz Antônio Nogueira, o Totonho, vai além. Ele questiona a subserviência inicial da Câmara e acredita que agora os vereadores se puseram em uma situação favorável.

-- Os vereadores cansaram desse prato feito que o Alair enviava para eles todo dia, essas propostas que eram aprovadas automaticamente. Agora, o Alair terá que negociar com a Câmara, uma coisa que não estava acontecendo -- ponderou Totonho.

O engenheiro Luciano Silveira, por sua vez, crê que a oposição é benéfica ao município:

-- É muito ruim quando os vereadores apenas dizem amém para o prefeito. É benéfica essa oposição. Agora os vereadores vão poder questionar e discutir coisas que vão ser boas para a cidade. Por exemplo, agora eles podem discutir mais livremente emendas no Plano Diretor para garantir maior geração de emprego, que é uma coisa que a cidade está precisando para deixar de depender só da Prefeitura -- analisou.

Matéria publicada no jornal Folha dos Lagos na edição sábado/domingo, 27 e 28 de abril de 2013, página 3.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Visita Técnica ao Maracanã realizada pelo CREA-RJ

Na manhã de terça-feira, 16/04, um grupo de Conselheiros do CREA-RJ realizou uma visita técnicas nas finalizações das obras de Reforma do Estádio Maracanã.
A lona tensionada da cobertura tem resistência ao fogo de até 380ºC e, ainda, a coleta das águas da chuva será realizada para abastecer os banheiros.


 Entrada de Serviço do Estádio por onde entrarão ambulâncias.





4 Placares Eletrônico com aproximadamente 100 m2
 Os Conselheiros CREA-RJ
 O Engº Produção Deivison Silveira e o Conselheiro CREA-RJ Engº Luciano Silveira
 Cobertura com Lona Tensionada
 O Presidente da EMOP, Eng Icano Moreno, explicando um pouco os detalhes da obra.

 Área de Zona Mista de Acesso ao Campo
 Vestiários


Banheiras nos vestiários

Zona de Acesso a área VIP.



Banco de Reservas


Um dos camarotes prontos

Visão dos assentos dos camarotes






Hora do "Rango" dos 6.000 operários

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Casas para Temporadas, um risco para Cabo Frio !


Artigo publicado no Jornal Folha dos Lagos em 11/04/2013

No mês de janeiro/2013, o país se solidarizou com a cidade de Santa Maria-RS por causa da tragédia da Boate Kiss que vitimou 241 jovens após um incêndio de grandes proporções. Com essa tragédia temos que aprender e prevenir para que outras não aconteçam.

A ASAERLA – Associação dos Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos vem alertando as autoridades públicas municipais a respeito do problema das casas alugadas para ônibus de excursão em Cabo Frio, principalmente no bairro Vila Nova. Esse alerta, já foi tema de capa do informativo da entidade na edição 22 no ano de 2010 e nessa matéria o comandante do Corpo de Bombeiros da época alertava para a falta de prevenção e lamentava que nada podia fazer.

Esses imóveis, que ASAERLA chama de “casas pousadas”, são edificações residenciais unifamiliares que chegam a receber pessoas de 2 a 3 ônibus, simultaneamente. Essas residências não possuem infraestrutura de hotel, as estações de tratamento de esgoto são subdimensionadas e não possuem vazão necessária a imensa carga de esgoto gerada pelo expressivo número de hóspedes. As instalações elétricas não são preparadas para o grande consumo e existe, ainda, grande possibilidade de curto-circuito. Outro problema é que esses imóveis não apresentam o planejamento de sistemas de proteção contra incêndio e pânico, fato que expõe um risco enorme aos hóspedes, que, provavelmente, não se dão conta da gravidade da situação.

No dia 12 de março de 2013, a ASAERLA encaminhou um ofício ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro solicitando providências para essa situação com objetivo de se evitar tragédias como a de Santa Maria no Rio Grande do Sul.


Luciano Silveira
Engº Civil e Segurança do Trabalho
Conselheiro Regional CREA-RJ
Ex-Presidente ASAERLA

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Segurança em Trabalho em Altura é Regulamentado.

Artigo publicado no Jornal Folha dos Lagos em 04/04/2013.


Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a eventos envolvendo quedas de trabalhadores de diferentes níveis. Os riscos de queda em altura existem em vários ramos de atividades e em diversos tipos de tarefas. A criação de uma Norma Regulamentadora ampla que atenda a todos os ramos de atividade é um importante instrumento de referência para que estes trabalhos sejam realizados de forma segura.

Entrou em vigor, a partir da última quarta-feira (27/03), todos os itens da Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35), que trata sobre trabalho em altura e define os requisitos e medidas de proteção para os trabalhadores que atuam nessas condições. O trabalho em altura é toda atividade executada acima de dois metros do nível inferior e que possua risco de queda.

A principal obrigação do empregador prevista na NR-35 é de implementar em sua empresa a gestão do trabalho em altura, envolvendo o planejamento e a adoção de medidas técnicas para evitar a ocorrência ou minimizar as consequências das quedas de altura.

Os novos itens tornam o empregador responsável a promover um programa de capacitação para realizar o trabalho em altura, tornando o trabalhador apto para o exercício da sua função. O treinamento deve ser teórico e prático com carga horária de oito horas e incluir no conteúdo toda a NR-35, análise de riscos, sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva e individual. Além disso, deve preparar os trabalhadores para agir em situações de emergência, com noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.

A NR-35 foi publicada no Diário Oficial da União em 27 de março de 2012, os itens relativos ao planejamento, organização e execução do trabalho em altura, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), acessórios, sistemas de ancoragem, emergência e salvamento, haviam entrado em vigor em agosto de 2012.

Para ler a NR-35 na íntegra, acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br).

Trabalhar com segurança é direito de todo empregado e responsabilidade de todos!

Luciano Silveira
Engº Civil e Segurança do Trabalho
Conselheiro Regional CREA-RJ
Ex-Presidente ASAERLA

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Rede Separativa de Esgoto: Urgente e Necessária.


Artigo publicado no Jornal Folha dos Lagos em 28/03/2013

Cabo Frio, ao longo dos últimos anos, vem recebendo um volume altíssimo de recursos oriundos dos royalties do petróleo e muita coisa foi realizada, mas uma ficou pendente e já começa a surtir efeitos, é a falta de investimento em saneamento básico.
Devido ao controverso sistema de captação e tratamento de esgoto adotado em nossa cidade (tratamento a tempo seco), a ASAERLA vem ao longo dos anos tentando, sem êxito, sensibilizar a administração municipal para que ao planejar obras de pavimentação e drenagem inclua em seu escopo, para o caso da via ainda não possuir, a rede separativa de esgoto.
Em 2012 PMCF foi alertada para a inclusão da rede de esgoto nas obras de revitalização do Centro, mas somente o alerta da ASAERLA foi atendido após a intervenção do Ministério Público.
A Prefeitura deve construir a rede separativa de esgoto nas vias que receberão futuras intervenções, incluindo reformas, mesmo sem ser da responsabilidade do município. O município pode adiantar as metas da Prolagos e, depois, negociar com a concessionária a reversão deste investimento em descontos para os munícipes nas tarifas de água e esgoto.
Os royalties do petróleo deviam, sobretudo, servir para investimento em infraestrutura e, principalmente, para tratamento do saneamento da cidade. Não podemos mais aturar o mau cheio que exala dos ralos, principalmente, no centro da cidade.


Luciano Silveira
Engº Civil e Segurança do Trabalho
Conselheiro Regional do CREA-RJ
Ex-presidente ASAERLA.