Artigo publicado no Jornal Folha dos Lagos em 28/03/2013
Cabo Frio, ao longo dos últimos anos, vem recebendo um volume altíssimo
de recursos oriundos dos royalties do petróleo e muita coisa foi realizada, mas
uma ficou pendente e já começa a surtir efeitos, é a falta de investimento em
saneamento básico.
Devido ao controverso sistema de captação e tratamento de esgoto adotado
em nossa cidade (tratamento a tempo seco), a ASAERLA vem ao longo dos anos
tentando, sem êxito, sensibilizar a administração municipal para que ao
planejar obras de pavimentação e drenagem inclua em seu escopo, para o caso da
via ainda não possuir, a rede separativa de esgoto.
Em 2012 PMCF foi alertada para a inclusão da rede de esgoto nas obras de
revitalização do Centro, mas somente o alerta da ASAERLA foi atendido após a
intervenção do Ministério Público.
A Prefeitura deve construir a rede separativa de esgoto nas vias que
receberão futuras intervenções, incluindo reformas, mesmo sem ser da
responsabilidade do município. O município pode adiantar as metas da Prolagos
e, depois, negociar com a concessionária a reversão deste investimento em
descontos para os munícipes nas tarifas de água e esgoto.
Os royalties do petróleo deviam, sobretudo, servir para investimento em
infraestrutura e, principalmente, para tratamento do saneamento da cidade. Não
podemos mais aturar o mau cheio que exala dos ralos, principalmente, no centro
da cidade.
Luciano Silveira
Engº Civil e
Segurança do Trabalho
Conselheiro
Regional do CREA-RJ
Ex-presidente
ASAERLA.
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