sexta-feira, 13 de maio de 2011

VELHA ESTRADA


Oh! Velha estada, meu caminho estreito,

Estou aqui pra te rever, amiga.

Vivi ausente, envelheci, no peito:

Eu trago só desilusões, fadiga.

Gosto de ti estrada, e te respeito.

Tu fazes parte de uma vida antiga.

Nada mudastes, estás do mesmo jeito:

A passarada em matinal cantiga.

Eu caminhei por ti na juventude;

matei teus passarinhos, quantos pude,

E hoje peço desculpas pelo que fiz.

Por ti eu caminhei para escola,

Tão sorridente, os livros na sacola,

Oh! Velha estrada, eu era tão feliz…

Poeta Victorino Carriço

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