Os trabalhadores da construção civil de São Paulo farão uma paralisação de 24 horas no próximo dia 20 de julho (segunda-feira) em protesto contra os acidentes graves e fatais nas obras. Segundo Antonio de Sousa Ramalho, presidente do (Sintracon-SP) Sindicato da Construção Civil de São Paulo, neste ano ocorreram 9 mortes – 4 por queda, 3 por soterramento e 2 por falhas em equipamentos. Em 1995 foram 138 mortes. O Sintracon fez uma campanha sistemática e diminuiu muito o número de mortes. No entanto, o número voltou a subir neste ano. “Com a crise econômica, as empresas cortaram custos, lamentavelmente também na área de segurança do trabalho.
"Faremos o protesto com o objetivo de parar de uma vez por todas com esse desrespeito com a vida e as Normas de Segurança do Trabalho, patrocinada por maus empresários, que teimam em priorizar lucros em detrimento de vidas humanas”, declarou Ramalho.No dia 20, cerca de 10 mil trabalhadores vão se concentrar em frente a sede do sindicato (rua Conde de Sarzedas, 286) e sairão em passeata até a rua Martins Fontes, em frente a Delegacia Regional do Trabalho, onde o delegado José Roberto de Melo receberá as reivindicações dos trabalhadores.
Ramalho informou que os trabalhadores vão protestar com caixões, cruzes, tochas, faixas e cartazes para conscientizar a sociedade que o setor da construção civil é a que mais mata no Brasil.
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