PRIMEIRO AMOR (VICTORINO CARRIÇO)
Num tempo distante,
Eu tive meu bem.
Eu era constante,
E ela também.
Menina, bonita,
aluna aplicada.
Gostava de fita,
De cor encarnada.
Eu ia à escola,
Queria aprender.
Eu já rapazola,
E ela a crescer.
Na praça, à tardinha,
Então lhe dizia:
Você vai ser minha;
E ela sorria.
E fomos crescendo;
O amor foi também.
O povo dizendo:
Os dois ficam bem...
Um dia brigamos,
Num tempo distante,
Eu tive meu bem.
Eu era constante,
E ela também.
Menina, bonita,
aluna aplicada.
Gostava de fita,
De cor encarnada.
Eu ia à escola,
Queria aprender.
Eu já rapazola,
E ela a crescer.
Na praça, à tardinha,
Então lhe dizia:
Você vai ser minha;
E ela sorria.
E fomos crescendo;
O amor foi também.
O povo dizendo:
Os dois ficam bem...
Um dia brigamos,
Foi
coisa banal.
Aí separamos,
Trocamos de mal.
Não vou, ela vem;
Dizia comigo.
Não ama a ninguém,
Por isso nem ligo...
Mas ela não veio;
Orgulho, talvez.
Maldade, não creio;
Apenas altivez.
Personalidade
Eu tenho também.
E na mocidade
Que força que tem...
E ela partiu,
Mudou-se, alías.
Pra todos, sumiu;
Pra mim, nunca mais.
A praça, a capela,
O eco do sino;
Perguntaram por ela,
Qual foi seu destino?
Orgulho, vaidade,
Mataram os meus sonhos;
Que felicidade,
Que dias risonhos!...
O tempo passou,
O povo esqueceu.
Comigo ficou,
Quem sente sou eu.
Aí separamos,
Trocamos de mal.
Não vou, ela vem;
Dizia comigo.
Não ama a ninguém,
Por isso nem ligo...
Mas ela não veio;
Orgulho, talvez.
Maldade, não creio;
Apenas altivez.
Personalidade
Eu tenho também.
E na mocidade
Que força que tem...
E ela partiu,
Mudou-se, alías.
Pra todos, sumiu;
Pra mim, nunca mais.
A praça, a capela,
O eco do sino;
Perguntaram por ela,
Qual foi seu destino?
Orgulho, vaidade,
Mataram os meus sonhos;
Que felicidade,
Que dias risonhos!...
O tempo passou,
O povo esqueceu.
Comigo ficou,
Quem sente sou eu.
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