Segundo a Polícia Civil, engenheiro conhecia irregularidades do local.
A Polícia Civil prendeu em flagrante o engenheiro químico responsável técnico da Utresa. A prisão foi efetuada após o incêndio que atingiu a central de resíduos industriais da empresa, em Estância Velha, no Vale do Sinos.
A titular da delegacia do Meio Ambiente, Elisangela Melo Reghelin, diz que ele tinha conhecimento de inúmeras irregularidades no Plano de Prevenção e Combate à Incêndio e Licenciamento Ambiental da empresa. Elisangela determinou a prisão com base em uma relatório preliminar da FEPAM, que esses apontava problemas.
Conforme a delegada, o local que incendiou podia armazenar materiais chamados de classe 1, ou seja, restos de couro. No entanto, os bombeiros encontraram materiais inflamáveis de classe 2 na vala.
Elisangela revela também que a Utresa teria solicitado junto a FEPAM a troca de classificação, mas o pedido foi negado. Mesmo assim o estoque de material tóxico seguiu de forma irregular.
A delegada conta que segundo funcionários da empresa, a Utresa estaria ciente desse risco, pois quase todos os dias o material era molhado por um caminhão tanque para diminuir o calor do estoque.
A falta de hidrantes e o não funcionamento de uma bomba de água que ficava perto do local onde ocorreu o incêndio também são algumas das irregularidades encontradas.
O engenheiro deve responder pelos crimes de poluição, incêndio e descumprimento de licença ambiental. A defesa acredita que ele responderá em liberdade.
Esta é a segunda vez que a Utresa é envolvida em crimes ambientais. Em 2009, o diretor da empresa, foi condenado por crime ambiental por causa da mortandade de peixes no Rio dos Sinos em 2006.
Fonte: JORNAL ZERO HORA - 25/12/2010
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