Do cidadão na luta por direito ao direito de luta do cidadão
Quando um cidadão luta por um direito, é porque este lhe foi negado. Simples assim.
A inversão de valores neste país, que dizem democrático, é tão grande quanto o descaramento dos que, à frente dos órgãos decisórios, o transformam na mais infame das autocracias. Em nosso município não está sendo diferente. Raríssimos são os que não refletem a imagem do macro sistema.
Pode parecer frase pronta, um simples jargão ou, até mesmo, uma pérola extraída do limbo do senso comum, mas estão nos fazendo acreditar que o caos, aqui em nossa cidade, é realmente a ausência de organização. É o colapso urbano.
OPINIÃO | "O meu sindicato me representa e é meu intermediário", declara professor da rede pública de Cabo Frio |
Mesmo sendo cidadão cabofriense, educador há 25 anos e, assim, com muito orgulho, tendo participado da formação escolar/acadêmica de muitos que hoje são colegas e tendo assumido no início deste ano a função de Gestor Escolar, democraticamente eleito pela comunidade escolar num pleito acirradíssimo, não posso me calar, em nome desse histórico, dessa metade de minha vida dedicada a essa cidade e permitir que o prefeito fale dos diretores (grupo a que pertenço hoje e por mais dois anos) como se fôssemos debiloides, mancomunados com ele como aqueles que foram "indicados" e que, por isso, como pensa o senhor prefeito, lhe deve obediência cega, surda e muda.
Não sou desorganizado, senhor prefeito, sou "orgânico". Não sou isolado no mundo, não estou sozinho, pertenço a uma categoria e esta me representa com muito orgulho. O meu sindicato me representa e é meu intermediário.
Ah, prefeito, também sou moleque e idiota como todos os meus companheiros de luta e não sou "iluminado" por estar diretor, antes disso, sou educador.
FRANCISCO CARLOS DE MATTOS, professor da rede pública de Cabo Frio.
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